Porto de Mós, situado num morro dos contrafortes da Serra de Minde,
pelos vestigios de fragmentos cerâmicos encontrados em estaçoes arquelogicas locais
remonta a sua origem à ocupação pré-historica por povos de actividade pastoricia,
que mais tarde na época romana se fixaram no território, criando as defesas
e castros que deram origem à povoação hoje existente no local.

O primeiro Rei de Portugal Dom Afonso Henriques I na época da Reconquista Cristã,
no seu avanço para sul, tomou a primitiva fortificação existente no local (1148),
tendo nomeado como seu guarda-mor o Alcaide Dom Fuas Roupinho,
o lendário cavaleiro medieval referido na Lenda de N. Sra da Nazaré.
Foi reconquistado pelo Rei Dom Sancho I que reconstruiu as suas muralhas em ruinas.
Mais tarde após significativo desenvolvimento civil e administrativo
recebeu a Carta de Foral do Rei Dom Diniz em 1305.

Pela riqueza agro-florestal desde sempre existente na região, vastos pinhais, oliveirais,
fruticulas e horticulas, foi propriedadade dos Coutos do Mosteiro Cistercense de Alcobaça.

O nome de Porto de Mós associa o porto fluvial no Rio Lena e Alcaide, às extrações locais
de pedra calcária branca (pedreiras), utilizadas na feitura de pedras de mó
dos muitos moinhos de vento existentes na região serrana, bem como
na feitura de blocos e cubos de pedra utilizada na pavimentação de calçada à portuguesa.

O Castelo de Porto de Mós na sua peculiar traça arquitectonica palaciana,
provém da adaptação de Castelo Medieval a Paço ou Solar Real
feita pelo primeiro Duque de Bragança Dom Afonso no século XV,
transformando-o num dos mais belos castelos palacianos renascentistas de Portugal,
com coruchéus piramidais em cerâmica verde, abóbodas, janelas de arco ogival de bico
e outros elementos decorativos e escultóricos de fachada em gótico primitivo.

O Castelo de Porto de Mós está classificado (1960) como Monumento Nacional.

Localidade
 
Descrição
 
Coordenadas
Altitude
Fotografado a
Porto de Mós