Situada nos contrafortes da Serra de São Mamede/Marvão,
é considerada pela sua climatologia, paisagem, riqueza aquífera/termal
e tradições (revelando um encontro de culturas), como a "Sintra do Alentejo".
A sua fundação como povoado, perde-se na memória dos tempos da historia
das épocas pre-historia, árabe e judaico-cristã da Ibéria.
Localiza-se em região de grande património paleontológico,
realçando-se dólmens, antas, cromelecs e outros vestígios pré-históricos.
Foi no tempo do Rei D.Dinis (1180) que terminou
a edificação e reconstrução do seu Castelo e Muralhas.
Durante os séc XII a XV, a região de Castelo de Vide,
teve grande desenvovimento agrícola, salientando-se entre várias;
vinha, oliveira, cortiça, castanha, frutas, linho e cereais.
Recebe Carta de Foral concelhio no reinado (1512) do Rei Dom Manuel I,
tendo-se desenvolvido, durante os sec XVI e XVII,
como um centro de produção industrial na tecelagem de lã, devido
á existencia de uma grande rede hidrologica de riachos nos seus arredores.
Castelo de Vide possui, uma das maiores e mais interessantes "Judiarias" de Portugal,
salientando-se a existência do segundo maior património de portas ogivais
do mundo a seguir à cidade de Fez em Marrocos.
De grande interesse é a Sinagoga restaurada e o seu nucleo museológico dedicado ao judaísmo,
bem como a malha urbana primitiva e amuralhada e o respectivo centro histórico,
de ruas empedradas, igrejas, fontes e fachadas apalaçadas.
Ilustre natural de Castelo de Vide foi Garcia de Horta (séc XVI),
que foi médico judeu português que viveu na India (Goa) no séc XVI,
e que foi estudioso e autor pioneiro em
Botânica, Farmacologia, Medicina Tropical e Antropologia.
Outros ilustres, são assinalados em lápides efeméricas, em fachadas nobres da urbe.